sábado, 2 de maio de 2009

Quebra-nozes

Selma, era uma menina ansiosa e vivia com sua mãe em Algum Lugar.
Na grande festa da noite de Natal ela esperava inquieta o seu presente. Antes da entrega, apareceram vários mágicos com seus bonecos dançantes que distraia todos dali, principalmente ela. Mas logo eles se foram, porque se tornaram enjoativos.
Chegada à hora da distribuição, todas as crianças olhavam com olhos aguçados o grande saco repleto de brinquedo. Alguns dos seus amiguinhos, ganharam de seus pais, presentes incríveis. Selma, contudo, recebeu apenas uma certeza...
A festa terminou e todos foram dormir.
É carnaval em Algum Lugar. Selma, sonha com confetes e serpentinas. Acorda assustada. Ela está sendo atacada por uma legião de seres imaginários. Dentre eles, a menina dos olhos acentuados, descobre um quebra-nozes de aparência humana.
Ele ganhou vida quando a viu.
O quebra-nozes lutou sem cessar, contra todos e contra tudo.
A batalha acabou.
Por um tempo, Selma percebeu que por mais que o quebra-nozes perdesse um de seus braços, ou qualquer outro membro, ele estava sempre sorrindo. Os seres imaginários arrancaram cada pedaço do seu corpo, porém seu sorriso era uma pintura permanente, sublinhado em um pedaço de madeira qualquer.
Ela se apaixonou por isso.
O principezinho de madeira convida-a para uma viagem, no seu foguetão, pelos planetas do Sistema Solar, para tentarem perceber se seria possível viver fora da Terra. Acharam o Reino dos Doces, onde só havia crianças e soldadinhos; pizza e suco de uva...

Selma acorda, percebe que tinha sonhado e fica triste por isso.

2 comentários:

Montarroyos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Montarroyos disse...

E se a felicidade estiver em tornarmos nossas vidas intermináveis sonhos?

"O medo é um dos maiores problemas da vida. A mente tomada pelo medo vive em confusão, em conflito e, portanto, acaba sendo violenta, distorcida e agressiva. Ela nao ousa sair dos próprios padrões de pensamento, e iss ogera hipocresia. Escalar a montanha mais alta, inventar todo tipo de deuses, nada disso adianta: enquanto não nos libertarmos do medo permaneceremos na escuridão" (Jiddu Krishnamurti).

Que tal voarmos?

Beijos, queijos e flores